Olá amigos e todos que sempre acompanham minha trajetória política. Esse BLOG tem o objetivo de trazer alguns artigos, notícias e pensamentos sobre a política Piracicabana, Paulista e Nacional, assim como ajudar na divulgação de assuntos que envolvam o PSB, partido do qual sou presidente em Piracicaba.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Um ano sem João Herrmann

Ano passado, numa madrugada do domingo de Páscoa, estávamos diante de uma situação tão absurda que relembrar ainda nos faz incrédulos. Mais do que a saudade, da dor do desconforto, este primeiro ano sem João Herrmann em nossas vidas traz muitas dúvidas e discussões. E com certeza, faz concluir que o nosso dia a dia ficou menos rico, menos sábio, menos divertido, mas mais, muito mais, desafiador.

Como filhos seus, vivíamos sob seu manto, sua sombra, sua proteção. E com sua partida, vimo-nos como uma ninhada que perde a mãe. Mesmo que não tenha demorado para que retomássemos os sentidos, o rumo, a disposição, estende-se por algumas vezes até hoje nossa falta de consciência e certeza sobre que decisões mais acertadas tomar.

E seria inevitável que acontecesse assim. Não houve quem tenha convivido com João Herrmann que naturalmente não fosse enfeitiçado por sua vontade inesgotável de inovar, de mudar as coisas ao seu redor para melhorá-las e levar algum benefício a quem dos envolvidos fosse menos favorecido. É natural que tenhamos nos sentido sem chão, pois tamanha era sua presença – não só física – mas emocional e patriarcal e, fundamentada numa inteligência privilegiada, acabava por atrair as decisões mais difíceis e importantes das vidas que lhe cercavam, fossem elas na família, no trabalho, na política.

Nas ruas de Piracicaba, principalmente nos bairros periféricos onde ele sempre ficava bem mais à vontade, onde entrava em qualquer das casas para roubar uma banana da fruteira ou um gole de café no copo americano, é que se via o quanto suas ações como prefeito foram marcantes e inesquecíveis. Bem é verdade que a população envelheceu com ele e que já os netos de seus admiradores não o reconheciam com o líder. Mas as marcas que ele deixou foram tão significativas que, até hoje, quando encontramos estas pessoas nas ruas, revivemos fatos e histórias – algumas lendas é verdade – que apenas reafirmam o quanto humanas eram suas intenções, mesmo que o tom fosse um pouco exagerado às vezes.

E é diante destas poucas reflexões, aguçadas com a proximidade de se comemorar um ano de sua morte (12 de abril) é que não há outra forma de homenageá-lo do que lembrar principalmente seu entusiasmo, que era contagiante e até mesmo ingênuo. João Herrmann era um “cara” - como ele mesmo se referia a quem admirava – daqueles que, se não podemos dizer insubstituíveis, que nos inspira como filhos, políticos, ou simplesmente cidadãos.

Nenhum comentário: