O Tribunal Superior eleitoral e os cartórios eleitorais das cidades brasileiras estão informando dados que remetem a uma reflexão: cresce a procura dos adolescentes pelo título eleitoral. São números ainda superficiais, mas que podem indicar que as eleições 2010 serão um divisor de águas na política brasileira, como a eleição de Barack Obama foi aos Estados Unidos. E acredito muito que a internet é o grande diferencial que pode estar aproximando o jovem da política.
Certamente o exemplo americano tem proporções grandiosas, mas mesmo assim temos que analisá-lo com seriedade, entendendo o fenômeno que fez com que a sociedade se envolvesse de forma impar no processo eleitoral americano. Vale lembrar, inclusive, que o voto por lá não é obrigatório e as pessoas se integram por livre vontade.
Portanto, utilizar-se das diversas formas disponíveis da rede mundial de computadores deve ser visto sim como formas de marketing eleitoral e político, mas principalmente como um caminho para a politização da juventude, para o estímulo ao seu envolvimento social. Acredito que pode ser por este relacionamento que a juventude repita seu protagonismo como, por exemplo, no caso do impeachment do presidente Collor. Ou que ainda possa se organizar em torno de causas que a afetem diretamente, como as cotas nas faculdades públicas.
O fato é que é irreversível a importância deste relacionamento virtual e a interferência direta que ela terá no voto. Mas certamente o WEBvoto também pode ser a possibilidade de estarmos construindo uma sociedade envolvida e interessada no seu patrimônio coletivo.
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